segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ninguém imagina



Não imaginas, ninguém imagina, como o meu peito
ficou vazio depois de partires. O teu sorriso existia
ainda dentro de mim, mas já não eras tu. era a tua
imagem.
Não penso para onde foste porque o meu peito, sem
ti, fica atravessado por lâminas. Tenho um silêncio
dentro. Toco os sítios onde estiveram as tuas mãos.Sinto o que sentiste.
Fico acordado de noite, com a esperança secreta de que possas regressar.

José Luís Peixoto,