sábado, 13 de fevereiro de 2016




Chega-te devagar aos meus domínios;
 que teus dedos tacteiem o espaço
 cegamente, a escuridão que envolve
 meu corpo; que abram um caminho
 e cheguem até mim através do véu 
espesso e taciturno das sombras. 
Salva-me com a luz que há em teus dedos
 ao tocar-me, conjura a desídia,
 acende-me ou abrasa-me no tacto 
esplendoroso e claro de tuas mãos. 
Como a borboleta nocturna,
lançar-me-ei à chama que tu convocas, 
antes queimar-me que estar às escuras. 






 Josefa Parra