domingo, 3 de abril de 2016



Sónia Silva 



Busquei o azul, perdi a juventude. 
Os corpos, como ondas, rompiam-se 
em areias desertas. Houve amor
 no recanto florido de um jardim
 fechado. E quis achar palavras 
que alguém pudesse amar, e elas valeram-me. 
Estou a chegar ao fim. Cega meus olhos
 um desolado azul iluminado. 






 Francisco Brines